terça-feira, 30 de abril de 2013

Terapia de casal


"Eu não suporto mais a minha esposa" ou "Não aguento olhar para a cara do meu marido" são normalmente as frases anunciadas na primeira consulta da terapia de casal de muitos homens e mulheres. O casamento não está mais como era antes, e esse "antes" não precisa ser há muitos anos. Especialistas afirmam que algumas pessoas a partir dos 10 anos de relacionamento recorrem ao auxílio do psicólogo. Quase sempre a iniciativa é da mulher, entre 30 e 40 anos, de classe média, que está insatisfeita com a vida a dois.
Não está escrito em nenhum lugar que a atitude de entrar na terapia vai salvar o casamento, mas o assunto tem ganhado tanta repercussão que psicólogos da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos atenderam 134 casais em crise profunda durante um ano. Depois de 26 sessões, dois terços dos relacionamentos ficaram bem melhores. Cinco anos após o fim do tratamento, metade dos casais estava melhor do que antes, 25% se separaram e 25% seguiram sem mudanças.
Os primeiros sinais da crise aparecem em situações corriqueiras. As conversas se tornam chatas e cansativas, depois elas começam a desaparecer. Em muitos casos, o desejo sexual desaparece aliado à infidelidade. O primeiro passo para terapia é dado pela esposa e o marido segue depois, meio que forçadamente. Os encontros são feitos separadamente, só depois de várias sessões é que o casal fica na mesma sala e há casos que isso não é possível.
Parte dos casais que procura o consultório tem problemas de adaptação, seja a nova realidade financeira, social ou até sexual. O papel do psicólogo nessa história não é criar uma situação favorável ao casamento, e sim, avaliar junto ao paciente suas reais necessidades, seguindo o caminho de ser casado ou separado.
Não há uma receita para ser feliz no casamento. Embora não faça mal nenhum planejar a vida. Quando vai ser possível comprar uma casa, quando os filhos podem chegar, enfim, o passo a passo do casal. O terapeuta lembra que não há nada de errado em procurar a ajuda de um especialista. A ideia de ir ao psicológo é justamente direcionada as pessoas que não sabem o que fazer para melhorar a convivência familiar. O que não pode é o paciente acha que as sessões salvarão o casamento.

Fonte: Diário de Natal

terça-feira, 23 de abril de 2013

Infecção urinária afeta mais mulheres que homens




Infecção urinária é a infecção bacteriana mais comum no ser humano, principalmente entre as mulheres dos 20 aos 40 anos e as grávidas. Já os homens sofrem mais na primeira infância e depois dos 55 anos, sobretudo por distúrbios na próstata.
O problema é tão recorrente que apenas 10% das pessoas que responderam à nossa enquete no site disseram desconhecer a dor e a ardência típicas da infecção.
Dependendo do local em que os agentes invasores se instalam, a doença é chamada de vulvovaginite (abertura da vagina), cistite (uretra e bexiga) ou pielonefrite (rins). E, na hora do aperto, muita gente ignora o sinal do cérebro de que a bexiga está cheia e deixa para fazer xixi depois. O problema é que, ao não urinar, a uretra pode ficar mais suja e facilitar uma complicação.
Beber água é fundamental para prevenir inflamações e infecções. A hidratação ajuda a manter o aparelho ativo, com fluxo de urina normal e saudável. A água também é necessária para uma série de processos metabólicos e biológicos do organismo.
Outra dica importantíssima destacada pelo Bem Estar é que as pessoas devem prestar atenção na cor da urina, que precisa ser clara. Uma coloração mais amarelada pode ser falta de hidratação, alimentação ou decorrência do uso de medicamentos. A primeira urina do dia é mais escura porque à noite um hormônio secretado aumenta a absorção de água e a concentração do xixi.
Se houver sangue na urina, sinal de alerta: há 80% de chances de você precisar de tratamento. O sangue pode indicar infecções, doenças hereditárias (como rins policísticos), pedras nos rins, doenças de próstata, traumas e até tumores.
Portanto, sempre que você ou alguém da sua família detectar sangue na urina, é preciso procurar um médico e fazer os exames indicados. Esse xixi pode aparecer com coloração avermelhada ou até marrom, quase preta.

Fonte: Bem estar

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Impotência sexual atinge cerca de 50% da população masculina

O dr. Luiz Mauro foi destaque na última edição da revista Viva Vida, do Hospital santa Genoveva. Na matéria o urologista e terapeuta sexual falou sobre impotência sexual.




terça-feira, 2 de abril de 2013

Orgasmo Feminino - um desconhecido repleto de mistérios

Por Luiz Mauro Coelho



Os relacionamentos sexuais, em geral, se iniciam com estimulações corporais variadas: carícias, toques pelo corpo todo - em áreas preferenciais de cada um, ou diretamente nos genitais, proporcionando um estado de excitação crescente, que é reconhecido pela lubrificação vaginal, exposição mais intensa do clitóris, aumento da frequência cardíaca, respiratória e crescimento dos mamilos, o que pode ou não resultar em orgasmo (ou clímax), sendo este o último estágio da resposta sexual feminina.
Do ponto vista anatômico, o orgasmo consiste em uma série de reflexos, contrações rítmicas involuntárias da musculatura pélvica e perineal, frequentemente acompanhado de intenso de prazer, seguido da sensação gostosa de alívio e relaxamento. A frequência e a intensidade do orgasmo são pessoais e cada pessoa o descreve de acordo com as suas vivências, ou seja, cada um sente o orgasmo à sua maneira. E sua obtenção pode ser através de relações sexuais, da masturbação ou de fantasias eróticas.
Na década de 1960, com o advento da “pílula” anticoncepcional, as mulheres passaram a se importar, a valorizar a obtenção de prazer durante as relações sexuais, pois perceberam que não tinham apenas objetivos reprodutivos. Enquanto que na década de 1980 para 1990, o orgasmo se transformou em sensação obrigatória, sinal de maturidade para as mulheres, o que pode ocasionar a diminuição da espontaneidade nos relacionamentos sexuais.
Segundo o médico e sexólogo, Gerson Lopes, “o direito ao orgasmo é diferente da obrigação de tê-lo”. E mais,“ o orgasmo é uma forma de prazer dentre as tantas possíveis experiências prazerosas que o sexo propicia”, e não um objetivo a ser conquistado a qualquer custo, seria melhor entendê-lo como consequência gostosa de um encontro sexual lúdico, amoroso, infinito.
Apesar da revolução sexual que vivemos a partir de 1960, a ausência de orgasmo é uma das queixas femininas mais frequentes, em uma pesquisa recente realizada no Projeto Sexualidade (Prosex, instituto que estuda sexualidade na USP-SP), 30% das mulheres brasileiras reclamam sobre a falta de orgasmos, falta de desejo ou excitação sexual. Quanto às causas de dificuldade em se obter o orgasmo são muito variáveis e de acordo com Hugo Miyahira, vice-presidente da Região Sudeste da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), são três os fatores que podem interferir, negativamente, no orgasmo feminino: o transpessoal, o interpessoal e o intrapessoal. O primeiro tem a ver com a cultura que a pessoa está inserida: fatores religiosos. O interpessoal, por sua vez, são as relações entre as pessoas: um companheiro que não é carinhoso, que cobra muito um determinado desempenho na cama e que acaba não proporcionando um clima favorável. Já o intrapessoal é a capacidade da mulher de conhecer o próprio corpo, de praticar o autoerotismo. Segundo a pesquisa do Prosex, 92% das brasileiras não se masturbam com frequência.
Determinados comportamentos ou exigências durante as relações sexuais também atrapalham a obtenção do orgasmo, como a ideia de “chegar juntos ao orgasmo”, uma cobrança comum que não traz benefício algum, pelo contrário, causa ansiedade em ambos os parceiros, porque eles passam a se preocupar com desempenho, deixando de lado o prazer de estarem juntos, compartilhando sentimentos e sensações.
Outro conceito equivocado é diferenciar orgasmo “clitoriano” e “vaginal”. Existe um ápice da excitação sexual, o clímax que se inicia no clitóris e se espalha por toda área vaginal, com contrações da musculatura perivaginal e pélvica e, em seguida transferindo sensações prazerosas por todo o corpo.
Enfim, gozar durante o coito é estimulante, agradável e aconchegante, não importando muito o modo de consegui-lo, tendo em vista que apenas 20% das mulheres chegam ao orgasmo pela penetração vaginal, segundo a mesma pesquisa da USP.