Os problemas de saúde que surgem com o passar dos anos, como
a redução dos hormônios, não é exclusividade das mulheres. A popularmente
conhecida “andropausa” – na verdade um termo incorreto, faz analogia a
menopausa – afeta os homens a partir dos 40 anos e é denominada Deficiência
Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM) ou Hipogonadismo Senil. Os
sintomas, segundo o urologista Luiz Mauro Coelho Nascimento, vão desde a
diminuição do desejo sexual a piora da qualidade das ereções, e assim como nas
mulheres, pode causar depressão, osteoporose , alteração de humor e insônia.
No Brasil, segundo o especialista, não existem dados
estatísticos confiáveis sobre a incidência da DAEM, mas nos Estados Unidos
estima-se que de 2 a
4 milhões de homens apresentem o problema e pequena parcela deles recebe
tratamento. Para o médico, mesmo a queda dos hormônios masculinos sendo lenta e
progressiva em relação às mulheres, o crescente aumento da expectativa de vida
fará com que a “andropausa” chegue a todos os homens em idade mais ou menos
avançada. “Nos últimos anos o interesse em estudos envolvendo o homem idoso
aumentaram significativamente, trazendo uma relação muito forte entre hormônios
masculinos e função sexual, osteoporose, depressão e qualidade de vida”, disse
o especialista.
A redução da testosterona pode ainda estar associada a
algumas doenças como obesidade, estresse, diabetes, Aids, alcoolismo e
insuficiência renal, hepática e respiratória. Para o diagnóstico em pacientes
com suspeita de hipogonadismo senil, recomenda-se procurar um especialista e
fazer uma avaliação laboratorial, com a dosagem da testosterona biodisponível.
“Se diagnostica a DAEM, poderá ser realizada a reposição hormonal. O tratamento
é contra-indicado para pacientes com de câncer de próstata ou mama, obstrução
urinária grave e apnéia do sono”, afirmou Luiz Mauro.