terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Reposição hormonal também é indicada para homens



Os problemas de saúde que surgem com o passar dos anos, como a redução dos hormônios, não é exclusividade das mulheres. A popularmente conhecida “andropausa” – na verdade um termo incorreto, faz analogia a menopausa – afeta os homens a partir dos 40 anos e é denominada Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM) ou Hipogonadismo Senil. Os sintomas, segundo o urologista Luiz Mauro Coelho Nascimento, vão desde a diminuição do desejo sexual a piora da qualidade das ereções, e assim como nas mulheres, pode causar depressão, osteoporose , alteração de humor e insônia.
No Brasil, segundo o especialista, não existem dados estatísticos confiáveis sobre a incidência da DAEM, mas nos Estados Unidos estima-se que de 2 a 4 milhões de  homens apresentem o problema e pequena parcela deles recebe tratamento. Para o médico, mesmo a queda dos hormônios masculinos sendo lenta e progressiva em relação às mulheres, o crescente aumento da expectativa de vida fará com que a “andropausa” chegue a todos os homens em idade mais ou menos avançada. “Nos últimos anos o interesse em estudos envolvendo o homem idoso aumentaram significativamente, trazendo uma relação muito forte entre hormônios masculinos e função sexual, osteoporose, depressão e qualidade de vida”, disse o especialista.
A redução da testosterona pode ainda estar associada a algumas doenças como obesidade, estresse, diabetes, Aids, alcoolismo e insuficiência renal, hepática e respiratória. Para o diagnóstico em pacientes com suspeita de hipogonadismo senil, recomenda-se procurar um especialista e fazer uma avaliação laboratorial, com a dosagem da testosterona biodisponível. “Se diagnostica a DAEM, poderá ser realizada a reposição hormonal. O tratamento é contra-indicado para pacientes com de câncer de próstata ou mama, obstrução urinária grave e apnéia do sono”, afirmou Luiz Mauro.