Discussões e desavenças são consideradas
normais em uma relação, porém quando estes problemas afetam a vida sexual de um
casal algo mais sério pode estar acontecendo. O stress, a vida agitada e os
compromissos profissionais podem dificultar a vida a dois, mas é importante
separar um tempo para a intimidade: troca de carinhos, conversas ao pé do
ouvido, atenção mútua e programas diferentes podem ser uma alternativa para que
a rotina não acabe com o prazer nos relacionamentos. Mas nem sempre estas
estratégias funcionam e o relacionamento pode esfriar e se perder ao longo do tempo.
A definição de qualidade de vida, segundo
a Organização Mundial de Saúde (OMS), inclui o sexo prazeroso ao lado de
padrões como: atividade física e alimentação equilibrada. Significa que não é
possível pensar em saúde sem considerar o que acontece entre quatro paredes.
Estatísticas apontam que cerca de 40 % das mulheres não tem orgasmo e que entre
10 homens que sofrem de disfunções sexuais, sete podem ser causadas por
problemas psicológicos.
A falta de conversa e a pouca troca de
intimidade podem ser determinantes para fracassos sexuais, talvez este seja o
motivo do aumento da procura por terapia, que, inclusive, já está disponível no
Sistema Único de Saúde (SUS).
Para o Urologista e Terapeuta Sexual, Luiz
Mauro Coelho, que também oferece atendimento na rede pública, o mais importante
na relação a dois é a comunicação. “Ninguém é feliz sozinho, num relacionamento
as pessoas precisam uma das outras para se sentirem completas e para isso
acontecer é preciso muita dedicação, conversa, amor e criatividade, tudo em
doses exageradas”, afirma o terapeuta que enfatiza: “Quando as vias de
comunicação de um relacionamento são, por algum motivo, falhas, o
distanciamento é quase inevitável e transforma a vida relacional em uma batalha
diária que pode gerar stress, inibição, ressentimentos e inadequação. Estes
fatores agregados podem conduzir às disfunções sexuais, tanto masculinas como
femininas”.
A auxiliar de comunicação Alessandra
Mascura está casada há 15 anos e já enfrentou diversos problemas em seu
relacionamento, os desentendimentos só foram resolvidos após ajuda
profissional. “Durante anos eu e meu marido vivemos como inimigos e só
conseguimos nos entender após a terapia que nos deu entendimento e trabalhou,
principalmente, nosso psicológico. Hoje temos uma nova vida, somos mais
cúmplices, amorosos e felizes”.
A demora ao buscar acompanhamento de um
especialista, o preconceito são alguns dos fatores que deixam os problemas dos
casais ainda maiores e muitas vezes sem solução, às vezes resultando no fim do
relacionamento.
O Dr. Luiz Mauro Coelho dá dicas
para evitar a rotina e suas
·
Criatividade – as preliminares nos aquece e
aproxima, tornando possível a entrega;
·
Comunicação – informação sobre como cada um
gosta de ser estimulado sexualmente e em quais pontos;
·
Medicamentos – confira quais medicamentos ambos
usam e se elas interferem no seu desempenho sexual;
·
Retarde o orgasmo – durante a relação sexual,
chegue próximo ao clímax e depois deixe a excitação diminuir um pouco e
recomece. Repita algumas vezes, e’ muito relaxante...;
·
Procure ajuda – o mais rápido possível.