terça-feira, 12 de junho de 2012

Terapia sexual pode salvar o seu relacionamento



Discussões e desavenças são consideradas normais em uma relação, porém quando estes problemas afetam a vida sexual de um casal algo mais sério pode estar acontecendo. O stress, a vida agitada e os compromissos profissionais podem dificultar a vida a dois, mas é importante separar um tempo para a intimidade: troca de carinhos, conversas ao pé do ouvido, atenção mútua e programas diferentes podem ser uma alternativa para que a rotina não acabe com o prazer nos relacionamentos. Mas nem sempre estas estratégias funcionam e o relacionamento pode esfriar e se perder  ao longo do tempo.
A definição de qualidade de vida, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), inclui o sexo prazeroso ao lado de padrões como: atividade física e alimentação equilibrada. Significa que não é possível pensar em saúde sem considerar o que acontece entre quatro paredes. Estatísticas apontam que cerca de 40 % das mulheres não tem orgasmo e que entre 10 homens que sofrem de disfunções sexuais, sete podem ser causadas por problemas psicológicos.
A falta de conversa e a pouca troca de intimidade podem ser determinantes para fracassos sexuais, talvez este seja o motivo do aumento da procura por terapia, que, inclusive, já está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).
Para o Urologista e Terapeuta Sexual, Luiz Mauro Coelho, que também oferece atendimento na rede pública, o mais importante na relação a dois é a comunicação. “Ninguém é feliz sozinho, num relacionamento as pessoas precisam uma das outras para se sentirem completas e para isso acontecer é preciso muita dedicação, conversa, amor e criatividade, tudo em doses exageradas”, afirma o terapeuta que enfatiza: “Quando as vias de comunicação de um relacionamento são, por algum motivo, falhas, o distanciamento é quase inevitável e transforma a vida relacional em uma batalha diária que pode gerar stress, inibição, ressentimentos e inadequação. Estes fatores agregados podem conduzir às disfunções sexuais, tanto masculinas como femininas”.
A auxiliar de comunicação Alessandra Mascura está casada há 15 anos e já enfrentou diversos problemas em seu relacionamento, os desentendimentos só foram resolvidos após ajuda profissional. “Durante anos eu e meu marido vivemos como inimigos e só conseguimos nos entender após a terapia que nos deu entendimento e trabalhou, principalmente, nosso psicológico. Hoje temos uma nova vida, somos mais cúmplices, amorosos e felizes”.
A demora ao buscar acompanhamento de um especialista, o preconceito são alguns dos fatores que deixam os problemas dos casais ainda maiores e muitas vezes sem solução, às vezes resultando no fim do relacionamento.
O Dr. Luiz Mauro Coelho dá dicas para evitar a rotina e suas
consequências:
  • Criatividade – as preliminares nos aquece e aproxima, tornando possível a entrega;

  • Comunicação – informação sobre como cada um gosta de ser estimulado sexualmente e em quais pontos;

  • Medicamentos – confira quais medicamentos ambos usam e se elas interferem no seu desempenho sexual;

  • Retarde o orgasmo – durante a relação sexual, chegue próximo ao clímax e depois deixe a excitação diminuir um pouco e recomece. Repita algumas vezes, e’ muito relaxante...;

  • Procure ajuda – o mais rápido possível.